segunda-feira, 20 de março de 2023

Noite tumultuada

Texto de autoria de Dalton Paulo Kossoski, auxiliar de bibliotecário e contador de histórias na Biblioteca Municipal de Ponta Grossa.

          22 de dezembro de 2022, 19:30. O passeio podia ter ocorrido normalmente e o endereço, encontrado com facilidade, mas não foi bem assim. A viagem começou tranquila, nós conversando com o motorista sobre assuntos do cotidiano e a programação da TV:

“Tá assistindo o Maick, o cantor de Ponta Grossa, no Faustão na Band? É um cantor muito bom! Tá na final já...”

“Não. Eu trabalho o dia todo, nem dá tempo de assistir TV, nem sabia que o Faustão tava na Band agora...”

O carro atravessando as ruas de Ponta Grossa e a gente papeando numa boa. Até que o negócio ficou estranho. Chegar numa rua à noite, no breu total, não é a mesma coisa que de dia.

“Moço! A rua Fagundes Varela é essa mas o número 699 é mais pra cima! Aqui já é dois mil e pouco!” – a mãe dizia, nervosa. “Dalton, ajude a ver os números das casas!”

Mas como enxergar na quase total escuridão? Nós três perdidos: o motorista, a mãe e eu. O GPS do motorista apontava:

“Ó! Tá mostrando que a corrida acaba aqui (no número 2652). E a gente não passou por nenhum 699. Acho que esse número não existe hein...”

Como “não existe”? Nós já tínhamos visitado o Danilo outras vezes!

Depois de muito rodar procurando, o fim da picada aconteceu quando o cara falou:

“Outra cliente chamando, eu vou deixar vocês aqui! A corrida acabou!”

Encostou o carro no meio-fio. Um matagal, sem casa à vista nem ninguém para quem pudéssemos pedir ajuda. A mãe soltou a cartada final:

“Você vai me largar aqui com um filho que não anda sozinho???!!!”

Ah! Aquilo “quebrou as pernas” do rapaz. Ao ouvir aquela frase, ele pôs a mão na consciência e algo mexeu dentro dele.

”Só não deixo vocês aqui porque são gente boa!”

Mais um pouco rodando, naquele clima tenso que se instalou entre nós, o motorista achou o número certo. Foi preciso muito empenho, algumas “puxadas de orelha” da parte do Danilo (que ligou para saber da nossa localização) pra cima do pobre rapaz, que só estava seguindo as instruções de uma inteligência artificial doida e os xingos da outra cliente que esperava um carro que nunca vinha.

O motorista se desculpou, disse que o aparelho nunca havia falhado.

Nos encontramos com os amigos para comemorar o aniversário da pequena Mel. Ao entrar na casa, a mãe pediu um copo d’água para acalmar os nervos.

No fim dessa desventura, deu tudo certo.

segunda-feira, 13 de março de 2023

Havia um lobisomem

Texto de autoria de Luiz Murilo Verussa Ramalho, servidor do Ministério Público Estadual, residente em Ponta Grossa.

Postado no Portal aRede em 15/03/2023.

Isso de diagnosticar lobisomem é coisa muito complicada, ciência cheia de requintes e sutilezas que ultrapassam largamente as luzes daqueles que nasceram por mão de médico, não de parteira, e que tendo adquirido seus conhecimentos em livros acham que sabem alguma coisa, mas fonte segura me relatou que existia um nos Campos Gerais, há tempos.

O sujeito não era irmão temporão de sete irmãs, fato talvez denunciativo de que era lobisomem de qualidade inferior, espécie de ovelha negra na família dos lupinos, mas lobisomem mesmo assim, useiro e vezeiro nas artes de uivar para a lua. Assim diziam os Munícipes, talvez prevenidos contra a circunstância de ser ele um celibatário já bem madurão, eremita contumaz e andasse todo empertigado pelas ruas, sem distribuir ou receber os cumprimentos que são o pedágio dessas localidades em que todos se conhecem por você.

Ninguém havia ainda se aventurado a tratar com ele do assunto delicado - isto é, o ser lobisomem -, e existia até mesmo uma vizinha que, menos por querer lhe prestar algum auxílio - se é que auxílio há pra situações tais - do que por pura matreirice, nutria o desejo de abordá-lo numa oportunidade qualquer e, com muito tato, insinuar o tema. Infelizmente, o homem-lobo não abria a guarda e foi ficando por isso mesmo.

Passaram anos e o dono da venda local - aliás, filho desta vizinha - no momento de cobrar do ermitão os mantimentos que ele comprava em datas incertas, encheu-se de si e resolveu quebrar de repelão o tabu: "é você que é o lobisomem?" - o sujeito assustou-se, desacostumado como estava ao ato de interagir face a face, e abriu para ele uns olhos enormes, farol alto mesmo, externalizando um pavor que só estimulou mais o outro: "dizem que você que é o lobisomem, hein, fala, lobisomem".

Arrependeu-se; a lua cheia seguinte foi a pior de sua vida de vendeiro. A madrugada toda, um cão enorme e vingativo rondou sua casa rosnando fundo e grosso, espalhando pelo vento uivos infernais. Com suas garras, abria nas paredes e no teto sulcos por onde enfiava presas imensas; seu bafo sulfuroso fez murcharem as plantas. As galinhas que predou foram em quantidade que nem se conta e suas pegadas derreteram o cimento da calçada.

Porém, mudanças. A partir da manhã seguinte, o eremita deixou de sê-lo. Vestiu-se de roupas claras, falou alto e aberto com os vizinhos, parece até que formou família. O monstro, por seu turno, jamais voltou. Ninguém entendeu ou quis entender. Diagnóstico de lobisomem é complicado mesmo.

segunda-feira, 6 de março de 2023

A saga tecnológica de um professor na pandemia

Texto de autoria de Jeferson do Nascimento Machado, professor da rede pública, historiador, residente em São João do Triunfo.

Postado no Portal aRede em 07/03/2023.

Estávamos em 2020 quando a pandemia passou a assolar os brasileiros. Todos tivemos que nos adaptar à nova e trágica realidade… e foi assim que passamos para aquele novo jeito de viver e trabalhar… ah, e os professores não ficaram fora disso.

Escolas fechadas: trabalho homeoffice, Classroom, Google Meet, gameficação, etc. Para a maioria, palavras novas, mas não só isso: uma verdadeira reviravolta na maneira de ensinar. Os professores mais jovens adaptaram-se mais rapidamente; porém os que já tinham longa estrada, tendo como ferramentas de ensino o conhecimento, livros e giz, sofreram ainda mais.

Muitos sequer tinham computador. Aqueles que tinham, a internet era extremamente ruim, oscilando a todo momento. Agora, reflita sobre o ponto de vista dos estudantes, a maioria pobre, sem tecnologia alguma. Muitos tiveram que estudar por apostilas, sem mediação dos professores… isso, para o professor, se resumia em uma dupla jornada: aulas remotas e apostilas.

E assim foi, neste cenário, que nosso protagonista teve que lidar. Viu-se diante de um complexo desafio. Ficou ante um mar de programas e aplicativos de que nunca tinha ouvido falar antes. E os estudantes? Ah, que teste de paciência. Alguns simplesmente desapareciam das aulas virtuais, outros ativavam o modo "mudo" e dormiam… pior, outros compartilhavam memes na Meet do professor.

Mas nosso professor era persistente. Logo criou um grupo no WhatsApp para sua classe. E ali compartilhava piadas e memes para aliviar. Ah, e não é que funcionou? Os alunos começaram a interagir mais durante as aulas…

Mas vou te contar, a maior dificuldade do professor eram as aulas remotas. Ele ficava ali, olhando para a câmera, parecendo um ator da novela das oito. Ele tentava ser o mais natural, entretanto sempre apertava algum botão errado… ah, e os alunos riam. Parecia que tinha voltado à infância e estava conhecendo um brinquedo novo.

Mas o tempo passou e ele foi pegando o jeito. Logo já compartilhava tela, usava a lousa virtual e… até mesmo aprendeu a desativar o som dos alunos que insistiam em falar ao mesmo tempo. E foi assim que o professor se tornou um "ninja" da tecnologia.

Porém, a verdade seja dita: apesar de todo o esforço, nosso professor ainda teve que trabalhar mais e continuar ganhando pouco. Mas ele nunca perdeu a alegria e a disposição de ensinar. Essa pandemia nos ensinou que, mesmo em momentos de dificuldade, podemos nos adaptar e superar os obstáculos, desde que tenhamos um pouco de paciência.

segunda-feira, 27 de fevereiro de 2023

Eras do Sorriso

Texto de autoria de Rosicler Antoniácomi Alves Gomes, Professora de Português e Inglês, Ponta Grossa. 

Postado no Portal aRede em 28/02/2023.

Meu sorriso aguentou pelo menos umas três Eras Odontológicas, antes que eu chegasse ao ponto de decidir extrair um dente em vez de outro por causa de uma dor com localização imprecisa. Ocorre que alguns de meus dentes já superaram: 1) a Era do lampião, que também foi a Era do tratamento “tortura”, sem anestesia e a conta-gotas para o cliente não fugir e voltar somente quando a única solução fosse a da Era anterior – extrair todos os dentes e encomendar uma dentadura; 2) a Era do amálgama e da coroa, já com anestésicos em profusão, ufa!; 3) a Era da resina e dos implantes, procedimentos para o sorriso retornar às redes sociais com menos idas ao dentista, com o baque na conta bancária sendo parcelado a perder de vista.

Quando fui ao dentista pela primeira vez eu já era adolescente e quase fui apanhada pela Era da dentadura. Ao menos um dos molares foi direto para a bandejinha, pois já estava sem condições de qualquer recuperação. Sem contar os inúmeros dentes com pequenas cáries, necessitando das assim conhecidas “obturações”, e um incisivo que eu já tinha posto a perder também, quebrado à custa de um choque com a testa de meu irmão numa brincadeira de correr. Para esse dente, a “obturação” mais comum da Era do lampião não se fixaria, e eu teria uma “obturação” de ouro no dente da frente, mas minha gritaria rendeu uma coroa. Essa Era aconteceu para mim quando o alfaiate Anselmo Rebelo, em sua alfaiataria na Mauá, produzia os melhores ternos, e a Curva do Diabo, por onde eu passava para ir ao dentista, ainda era o terror do trânsito em Oficinas. O dentista tinha seu gabinete na Rua Leocádio Correia, logo acima da loja de calçados do Jacob Sanson. Naquela época, logo adiante do cruzamento férreo, que adentrava as Oficinas da Rede Ferroviária, havia a ruína de um casarão antigo antes do posto de gasolina, e na travessa atrás do posto, a casa da prima rica que tinha televisão – escala de nosso grupinho (minhas irmãs e eu) ao qual se juntaria a prima, mas não antes de todas nos empoleirarmos nos sofás da sala para ver a novela das sete, em preto e branco, com a jovem Suzana Vieira como protagonista. Abençoada tia Aurora, que Deus a tenha!

Hoje, a Era das delicadas restaurações com resina e dos implantes se recusa a encarar as crateras que resultaram da Era do amálgama, que resultaram da Era do lampião, que escaparam da Era da dentadura. Por isso sou obrigada a escolher extrair e implantar em vez de encarar o tratamento de canal para fixar coroas.

segunda-feira, 20 de fevereiro de 2023

Enfim… A aposentadoria

Texto de autoria de Marivete Souta, professora aposentada, residente em Ponta Grossa.

Postado no Portal aRede em 21/02/2023.

Experimentamos a sensação de véspera de Natal tantas vezes! Mas a sensação da espera da iminente aposentadoria é como a espera do presente mais desejado depois de uma vida de dedicação ao trabalho. 

Está chegando a hora de usufruir a minha aposentadoria. Meu Deus! Não ter hora para acordar, nem alarme para odiar. Ah, não vou levantar cedo para varrer a calçada. Vou curtir as horas preguiçosas dizendo pro tempo que agora ele não manda mais em mim. 

Quantos dias eu percorri o mesmo caminho e repeti durante anos a mesma rotina. Hoje, a menina que mora em mim veio ao meu encontro e me levou pela mão até as salas onde outrora eu era aluna. Nesta escola eu escrevi uma linda história. A menina que anda pelo pátio, cheia de sonhos, ainda vive nesta mulher madura que durante anos se dedicou aos alunos que, mesmo que não tenham chegado à universidade, pelas minhas mãos se tornaram pessoas melhores. Isso não tem preço. Eu sei que (re)construí vidas e contribuí para tornar a sociedade melhor.

 Os seres que por mim passaram encontraram em mim muitas vezes o alicerce para seu futuro. Eu briguei, insisti, entreguei meu bem mais precioso para esta escola, o meu tempo. O tempo que gastei nas horas que deslizaram tornando-se dias, semanas, anos. O tempo passou e trouxe-me aqui onde estou. A menina que estudou aqui se tornou professora daqui e hoje, às vésperas de dizer adeus, experimenta sensações ora de alegria pela tão esperada aposentadoria, ora de tristeza por partir. Eu não vou só, cada pessoa que passou por minha vida é única. Cada pessoa sempre deixa um pouco de si e leva um pouco de nós, essa frase de Saint-Exupéry resume hoje o meu sentimento. Não me sinto velha. Sinto-me vencedora por ter chegado à aposentadoria.

segunda-feira, 13 de fevereiro de 2023

Essas bailarinas!!!

Texto de autoria de Rosicler Antoniácomi Alves Gomes, Professora de Português e Inglês, Ponta Grossa. 

Postado no Portal aRede em 14/02/2023.

          Logo de cara, para evitar perguntas indiscretas que crianças com idade menor do que uma década costumam fazer, do tipo: Você é um anão? Um Papai Noel baixinho dentro de uma roupa masculina vermelha, para disfarçar uma estatura feminina, engrossou a voz, e contou para as turminhas de Baby Class da Academia Pró-Arte, localizada em Oficinas, a seguinte lorota: “ ‘Você não vai ser nem classificado se não aceitar que eu o ajude com minha magia’, disse-me o amigo duende que me ajudou a ficar em segundo lugar no concurso para Papai Noel, lá do Polo Norte. Eu era magricela e muito alto, e o critério principal para ser classificado era ser robusto. Resolvi aceitar a magia dele: encolhi na altura e aumentei na largura! Por sorte, o primeiro colocado tinha outro compromisso no dia marcado para a estreia, e renunciou”!  

Eu já havia sido surpreendida por uma indiscretinha que foi entrando no “camarim” em que eu me preparava, e tive que correr para o banheiro, mas fui vista “de raspão”, e já fiquei preparando a desculpa para o momento em que ela se vangloriasse de haver me visto antes das outras, o que ela fez logo que entrei no recinto natalino em que a turminha aguardava o Papai Noel com ansiedade. Eu já ensaiara o que dizer para justificar minha corrida ao banheiro: tive uma repentina dor de barriga. Mas no exato momento de declarar essa desculpa, Papai Noel se atrasar por uma corridinha ao banheiro não me pareceu nada adequado, e inventei outra desculpa na hora: “Vejam só! Tive que correr de volta para o telhado, onde deixei estacionado meu trenó, pois começou uma ventania tão forte que poderia derrubá-lo lá de cima com todas as minhas renas atreladas! Felizmente, meu amigo duende já estava fazendo uma magia para o vento parar. Vocês viram que o vento diminuiu”? (De fato havia diminuído) “Mas infelizmente, a magia dele, quando conserta uma coisa, estraga outra! Viram que começou a chover”? As pequenas bailarinas olharam para fora e constataram aquelas verdades, e uma a uma foram se aproximando de mim para encomendar o presente de Natal, e fazer a pose para a foto com Papai Noel. E vieram os desafios: “Papai Noel, minha professora disse que a cor da sua roupa antigamente era verde. Mudaram para vermelha por causa da Coca Cola”! Respondi: “Pode ser verde, vermelha, branca. Você sabia que o primeiro Papai Noel era um bispo chamado Nicolau? Como bispo, ele celebrava missas, e as roupas do celebrante são de cores diferentes conforme os períodos do ano: brancas, vermelhas, verdes e até roxas”.

E as caixas embrulhadas para presente da ornamentação? Uma delas, tão pequena quanto traquina, com uma das caixas nas mãos, anunciou, desapontada, que era uma caixa vazia... “As caixas sempre ficam vazias até o dia 25 de dezembro, vocês não sabiam? É quando acontece a magia do Natal, e os presentes aparecem dentro das caixas, para representar o maior presente que o Papai do Céu concedeu aos seus filhos humanos: o nascimento de Jesus”! Saída à francesa de um Papai Noel substituto! 

segunda-feira, 6 de fevereiro de 2023

Muito mais que areia!

Texto de autoria de Mário Francisco Oberst Pavelec, técnico em agropecuária, residente em Ponta Grossa.

Postado no Portal aRede em 08/02/2023.

Vila Velha, Mariquinha, Cânion do São Jorge, Cânion do Guartelá, Buraco do Padre, sem mencionar ainda a imensa variedade de temas que os Campos Gerais e a Escarpa Devoniana nos presenteiam.

          Poderíamos passar mais de horas elencando estas belezas que nos são próximas e que nos permitem uma deliciosa contemplação, interação e convivência. Mas, além das questões meramente paisagísticas, a Escarpa Devoniana nos transmite muito mais riquezas.

          Ao pesquisar no “Dr. Google” sobre a Escarpa, choquei-me ao ler que a “Escarpa Devoniana são nada mais que montanhas de arenito. A partir de processos industriais, pode se transformar essa rocha em areia de boa qualidade.” Não tenho a mínima ideia de quem escreveu este texto, que por si só não mente, porém, além de não refletir minimamente a maravilha que é a Escarpa, gera uma sensação de desprezo e desapreço a esta maravilha.

          São cerca de 400 milhões de anos de história impressos no arenito, ainda nem viramos a primeira página. Produção de água de qualidade ímpar, além de nos permitir áreas de produção agrícola férteis e uma interação com a Floresta de Araucárias, um bioma inigualável e importantíssimo para nossa região.

          Toda a vegetação característica dos Campos Gerais, que também nos identifica perante o mundo, além dos aspectos geográficos e a riqueza, justamente são oriundos do Período Devoniano, onde um raso e imenso oceano tomava conta de nossa região. Depositou não somente areia, mas nutrientes, criou reservas de calcário, e dá origem a um aquífero que nos abastece e presenteia o Paraná com um de seus maiores e mais lindos cursos de água, o Rio Tibagi.

          Somos o maior produtor de feijão do planeta, um dos maiores produtores de soja e milho do país, além da bacia leiteira e produção de carne suína. Os Campos Gerais e a Escarpa Devoniana são inseparáveis e, caso este casamento seja rompido, perderemos nosso futuro.

          A vento, as águas, o transporte desta areia, que, ao longo destes quase 400 milhões de anos, moldaram nossa Escarpa Devoniana e hoje estão sob a égide de uma APA (Área de Proteção Ambiental). Precisamos de que os estudos sejam muito mais aprofundados, a preservação muito mais séria, para que sua importância seja visualizada além das “montanhas de areia”.

          A Escarpa Devoniana merece também muita poesia e muita literatura, muitos contos e muitas crônicas, cultura que cimenta a paisagem e sua importância para a existência humana.

Noite tumultuada

Texto de autoria de  Dalton Paulo Kossoski , auxiliar de bibliotecário e contador de histórias na Biblioteca Municipal de Ponta Grossa.   ...