segunda-feira, 22 de abril de 2024

Adoração da Cruz

Texto de autoria de Rosicler Antoniácomi Alves Gomes, Professora de Português e Inglês, residente em Ponta Grossa.

          Já escrevi crônica para este projeto, e também incluí em livro inédito narrativas sobre as celebrações da Semana Santa. Mas creio que poderei escrever ainda inúmeros textos, pois é inesgotável a fonte de inspiração que brota nesses momentos tão fortes da Fé Cristã.

          Neste ano, impressionei-me com a devoção da Adoração da Cruz. Estava a Igreja de São Cristóvão lotada (bem acima da capacidade de público: 350 pessoas sentadas), na Celebração da Paixão de Cristo, em plena tarde de Sexta-Feira Santa. Uma celebração que durou mais de duas horas, finalizando com a procissão do Cristo Morto, em torno da Praça Frei Elias. Não cheguei a tempo para ocupar assento nas alas dos bancos com genuflexório. Para buscar um espaço com visibilidade, eu e minha irmã, baixinhas, fomos passando entre as pessoas em pé que ocupavam até os halls das três entradas. Ao ver-nos, Seu Tullio, antigo colega e amigo de meu pai, indicou-nos duas cadeiras, surpreendentemente vagas: “Sentem-se nessas cadeiras que eu guardei para vocês”. E riu, animadamente. Sentei-me ao lado de outro colega de meu pai, o Seu Gorte. Vieram-me lembranças da congregação secular dos Vicentinos, dos tempos do Frei Elias, da qual eram membros sempre animados nas celebrações. “Tem muita gente que eu nem conheço...”, comentou, no momento em que o ritual não passa de um desfile para venerar a Santa Cruz que repousa nos braços do celebrante à espera de um beijo, uma reverência ou um toque dos fiéis. As pessoas desfilavam diante de nós, dirigindo-se ao corredor central, para adorá-la.  Desfilaram os Bach, os Becher, os Chemin, os Auer, os Mayer, os Motim, os Fontana, os Maravieski. Não vi os Vetorazzi, nem os Burgardt, os Hansen e Constante, nem os Schepak e Marenda, ou os Grachinski, mas certamente estavam presentes descendentes deles que eu nem cheguei a conhecer, ou desfilaram pelo outro lado. Se ocorria “engarrafamento” no desfile, os que passavam pelos que estavam sentados, perguntavam sobre sua saúde, ou da saúde da “tia” acamada, combinavam visitas. Seu Gorte brincou que em poucos dias completaria 19 anos de idade (referia-se a 91 anos, com os algarismos invertidos), e Seu Tullio, com semblante de decepção por não poder inverter também os algarismos da sua idade, declarou que, em abril, completaria 88.

Meu coração órfão pela partida do Avelino Antoniácomi, ano passado, consolou-se com um desfile de Adoração à Cruz que celebrava serenamente a vida ante a tristeza da morte, pela certeza da Ressurreição.

segunda-feira, 15 de abril de 2024

Esqueci o meu idioma!

Texto de autoria de Márcia Derbli Schafranski, professora universitária aposentada, Especialista e Mestre em Educação pela UEPG e Suficiente Investigadora pela Universidade de Extremadura, na Espanha, residente em Ponta Grossa.

Após vinte anos morando no exterior, Augusto sentiu vontade de visitar a cidade de Ponta Grossa, onde nascera e vivera até os seus dezessete anos. Seus pais haviam se mudado para uma chácara em Guaragi e, após revê-los, resolveu dar “um giro” pela sua cidade natal.

Ficou surpreso com o progresso da cidade, suas construções exuberantes, a quantidade de carros circulando e, sem se dar conta, chegou ao bairro da Ronda, onde havia morado quando criança. Qual não foi sua alegria, ao passar pela velha casa onde morara e encontrar a antiga vizinha, D. Marieta, professora de português e mãe dos seus amigos de infância, circulando pelas calçadas.

D. Marieta ficou viúva ainda muito jovem e trabalhou incansavelmente para poder dar aos três filhos um certo conforto e encaminhá-los ao Ensino Superior. Sem titubear, Augusto parou o carro, desceu e foi ao encontro da professora. Apresentou-se e deu-lhe um forte abraço. A professora acolheu-o com carinho, convidou-o a entrar em sua casa e, após servir-lhe um delicioso café, passaram a relembrar fatos dos “velhos tempos”.  Augusto, então, perguntou-lhe:

– Dona Marieta, como estão seus filhos, meus queridos amigos dos tempos de outrora?

– Você nem imagina: Maria casou-se com um peralvilho doidivana e mora no Piauí. Renato uniu-se a uma langroia que adora coisas chumbregas e mudou-se para Carambeí e Júlia, por sua vez, casou-se com um sacripanta e mora em São Paulo.

Sem saber se a felicitava ou se manifestava pesar, por não entender o significado daquelas estranhas palavras, Augusto coçou a cabeça e, com ar aparvalhado, despediu-se. No trajeto de volta à chácara de seus pais, pensou: fiquei muito tempo fora do país, preciso estudar e reaprender o meu idioma...

segunda-feira, 8 de abril de 2024

Lembranças e pessankas

Texto de autoria de Sílvia Maria Derbli Schafranski, advogada e Mestre em Ciências Sociais pela UEPG, residente em Ponta Grossa.

Publicado no Diário dos Campos em 10/04/2024

Era minha época favorita: época de Páscoa. A casa estava envolta em uma energia de renovação e esperança. Enquanto retirava as caixas de decorações dos armários, o Cristo, os coelhinhos de pelúcia ressurgiam e em meio a diversos utensílios de Páscoa, as minhas mãos encontraram um tesouro esquecido com que eu havia sido outrora presenteada por minha falecida avó: um ovo pintado à mão.

Nascida em Prudentópolis, em meio às colinas ondulantes do interior do Paraná, na pequena cidade imersa na riqueza cultural dos imigrantes ucranianos, Dona Joana carregava consigo as memórias e os costumes de sua terra natal. Contudo, foi em Ponta Grossa onde fixou raízes e constituiu família.

Anualmente, por ocasião da Páscoa, Dona Joana fazia uma jornada de volta às suas origens em Prudentópolis. Não apenas para visitar sua terra natal, mas também para realizar um ritual especial: "benzer Páscoa", como diziam os mais velhos, seguindo os ritos ucranianos.

A viagem de Dona Joana para Prudentópolis era mais do que uma simples jornada; era uma peregrinação de resgate de suas raízes e identidade. Ao chegar, era recebida com sorrisos calorosos e abraços afetuosos pelas irmãs, pelo sobrinho Asternon, pelo amigo Quinho e pela comunidade. Os dias que antecediam a Páscoa eram preenchidos com preparativos meticulosos.

A antiga igreja ucraniana era o cenário das cerimônias. Dona Joana, vestida com seu traje típico, entoava cânticos ancestrais e benzia os alimentos. Sob seus cuidados, os ovos eram decorados com símbolos que contavam histórias milenares, enquanto o pão ritualístico, o paska, era assado com devoção.

Durante a ceia pascal, a mesa transbordava com uma profusão de iguarias: o kielbasa defumado, o delicioso holubtsi (repolho recheado) e a sopa borsch, cujo aroma permeava o ambiente. E, claro, não poderiam faltar os ovos pintados, cada um contando uma história única de esperança e renascimento.

E no universo daquela pessanka pascoal, quantas lembranças... As cores vibrantes traduzindo renovação. Cada linha, cada curva externada deixa transparecer as nuances de uma história de conflitos internos e externos, de desejos reprimidos e esperanças renascidas.

A pessanka em minhas mãos, marcada pela dualidade, pela tensão entre o claro e o escuro, o bem e o mal, o passado e o presente.

E, em cada ovo pintado à mão, há uma busca incessante pela redenção, uma tentativa de superar os obstáculos que impedem o florescer da alma.

segunda-feira, 1 de abril de 2024

O que será o amanhã?

Texto de autoria de Sílvia Maria Derbli Schafranski, advogada e Mestre em Ciências Sociais pela UEPG, residente em Ponta Grossa.

Publicado no Diário dos Campos em 03/04/2024, e no Jornal Página Um em 05/04/2024.

No interior do Paraná, entre os morros e as planícies, repousa uma cidade que respira história e progresso: Ponta Grossa. Neste cenário urbano marcado pela dinâmica das mudanças políticas e sociais, os prefeitos desempenham papéis cruciais na construção do destino coletivo. Ao longo das décadas, líderes visionários e determinados deixaram suas marcas indeléveis, moldando a cidade que conhecemos hoje.

Em um período contemporâneo deixaram marcas na história de Ponta Grossa: Otto Cunha, Pedro Wosgrau Filho, Paulo Nascimento, Jocelito Canto, Péricles Holleben de Mello, Marcelo Rangel e até então Elizabeth Schmidt.

Os prefeitos de uma cidade são os maestros de uma sinfonia urbana, regendo os destinos de milhares de vidas que se entrelaçam em ruas, praças e becos. Suas decisões moldam o cenário que chamamos de lar. Sua importância transcende o simples exercício do poder; eles são os arquitetos do cotidiano, os guardiões do bem-estar coletivo.

Cada esquina, cada edifício, cada espaço público é resultado das suas escolhas e visões. Desde a pavimentação das vias até a gestão dos serviços públicos, cada detalhe reflete o compromisso e a dedicação desses líderes em construir uma comunidade mais próspera e acolhedora.

Escolher um Prefeito é um ato de responsabilidade coletiva. É como selecionar o timoneiro de um navio em uma viagem tempestuosa: sua competência e visão determinarão se o destino será de calmaria ou de agitação.

Ele é o maestro que conduz a sinfonia da cidade. Seu trabalho se entrelaça com cada aspecto da vida urbana, influenciando desde a qualidade dos serviços públicos até o ambiente de negócios e a coesão social. Uma má escolha pode desencadear uma cascata de consequências adversas.

A negligência na gestão dos recursos públicos pode levar a crises financeiras que refletem em cortes nos serviços essenciais, como saúde e educação. Hospitais superlotados, escolas em condições precárias e falta de investimentos em programas sociais.

No entanto, há esperança nas urnas. Cada eleição oferece a oportunidade de corrigir os erros do passado e traçar novos rumos. Escolher bem um prefeito é investir no progresso e na prosperidade da cidade, é afirmar o poder transformador da participação cívica e da responsabilidade compartilhada.

E, no rescaldo das urnas, a esperança não se dissipa, ela se renova, ciente de que os Prefeitos são mais do que meros administradores; são os guardiões do destino desta cidade e das gerações futuras que herdarão o legado das nossas escolhas.

segunda-feira, 25 de março de 2024

Emergência na costura

Texto de autoria de Rosicler Antoniácomi Alves Gomes, Professora de Português e Inglês, residente em Ponta Grossa.

Postado no Portal aRede em 09/04/2024, publicado no Jornal Página Um em 26/03/2024, e no Diário dos Campos em 27/03/2024.

          Minha mãe não perdia liquidação de retalhos das Casas Reunidas, Casa dos Milagres, ou Casa Íris. Na minha infância, os retalhos ficavam guardados em um baú, e, mais adiante no tempo, na parte debaixo de uma estante que eu mesma comprei — depois de pagar as prestações do meu primeiro relógio de pulso, e de minha cama com colchão de espuma (minha antiga era cama de molas, já sem as molas, e o colchão de palhas). Cama, colchão e estante, “tirei no crédito” nas Casas Blanc, onde eu já trabalhava como auxiliar do auxiliar de contabilidade. Nunca me ocorrera que ter crédito na loja que me dava emprego podia significar, nas entrelinhas, que eu não estava na lista negra do Setor de Recursos Humanos...

Eram tão longos os dias e tão empoeirados os palcos das brincadeiras, na minha infância! Com seis filhas e um filho, Jandira — minha mãe, minha costureira, minha advogada em negociações com o pai, ou entreveros com as irmãs (ainda conto, dia desses, os bullyings “inocentes” que me faziam) —, se virava com trabalhos árduos, “malmente” auxiliada pelas irmãs mais velhas, lavando roupas no tanque com água tirada do poço, assando grandes formadas de pães, cuidando da horta. E ainda achava tempo para costurar nossas roupas, sempre em manequins maiores e com tecidos resistentes, para durarem mais tempo e ainda ficarem inteiros para a “segunda mão” das crianças mais novas. Cada uma das crianças tinha duas ou três “mudas” de roupas, incluindo a “domingueira”. Mas “eram tão longos os dias (...)”, que certa vez eu simplesmente não tinha roupa limpa para ir à escola. O uniforme escolar daquela época não era mais que um avental amarrado nas costas com um laço. Se eu aparecesse na escola apenas vestindo o avental, seria um escândalo. Sem titubear, ela deixou as panelas no fogo aos cuidados de uma das outras filhas, tirou do baú um retalho que dava para costurar rapidamente um vestido com alças, com uma parte da costura interrompida na altura da cintura, para que passasse facilmente pelos ombros, sem precisar de botões ou zíper, com bainhas simples nas barras. Eu, ao lado, vestida escandalosamente apenas com o avental sem amarrar o laço, mal cobrindo a calcinha (milagrosamente parece que eu tinha uma calcinha limpa naquele momento), esperando para enfiar o vestido e sair correndo pela Rua Franco Grilo, em direção ao Grupo Escolar Jesus Divino Operário.

Ah, terminei hoje de customizar uma saia para servir à personagem Mirabel, com retalhos que também tenho guardados...

segunda-feira, 18 de março de 2024

Amor sobre rodas

Texto de autoria de Sílvia Maria Derbli Schafranski, advogada e Mestre em Ciências Sociais pela UEPG, residente em Ponta Grossa.

Publicado no Diário dos Campos em 20/03/2024, e no Jornal Página Um em 22/03/2024.

No aconchego do nosso lar, em uma noite tranquila, meu filho, com olhos curiosos e mente inquisitiva, decidiu mergulhar em um dos capítulos mais lindos da minha juventude. Sentados à bancada da cozinha, ele me olhou com um sorriso jocoso e indagou-me:

"Mamãe, qual era o Uber que te buscava nas festas, quando você era jovem?"

Foi como abrir um baú empoeirado de lembranças. Um sorriso nostálgico surgiu em meus lábios, enquanto eu rememorava os dias de outrora.

"Bem, filho, na verdade não tínhamos Uber naquela época. Mas havia alguém muito melhor."

“Nos anos 90, quando as festas eram regadas à música alta, roupas coloridas e um misto de ansiedade e excitação adolescentes, havia uma figura que se destacava entre os jovens: meu pai. Com seu espírito jovial, ele abraçava uma peculiar missão com uma dedicação quase sagrada.”

"Quem me levava e me trazia das festas durante toda minha adolescência era o seu avô.”

"O vovô? Mas como ele conseguia te acompanhar na balada?”

Eu ri com a inocência, e abriu-se uma janela para um passado repleto de amor paternal.

"Bem, filho, seu avô não dirigia qualquer carro. Ele tinha uma verdadeira carruagem, um gigante de metal que acomodava treze outras meninas!", expliquei, vendo seu espanto.

"Treze outras garotas? Mas como cabiam?"

"Ah, isso era parte da mágica", respondi com olhos brilhando de nostalgia. "Seu avô tinha um Landau, um carro grande e espaçoso. Ele fazia questão de nos levar e nos devolver em segurança, mesmo que isso significasse várias viagens pela cidade."

Seus olhos brilhavam com curiosidade. "Seu avô era um homem gentil e preocupado com o bem-estar das pessoas. Fazia-se sempre presente. Ainda, tentava captar as nossas conversas e, quando chegava em casa, ele as transmitia à sua avó”. Não era apenas um motorista, mas um observador atento, um ouvinte discreto das confidências e segredos das garotas que transportava.

Durante o trajeto, as conversas fluíam. Falávamos sobre paqueras, expectativas para a noite, dilemas adolescentes e sonhos futuros. Ele geralmente permanecia em silêncio, mas, ocasionalmente, lançava um comentário sábio ou uma piada bem-humorada que arrancava risos.

Lembro-me da sensação de segurança e conforto, do jeito carinhoso com que ele nos tratava e da sabedoria tácita que emanava de sua presença.

Com esse ritual contínuo, compreendi que o amor verdadeiro não se traduz apenas em palavras, mas em atitudes incondicionais de sacrifícios, devoção, proteção, amizade e responsabilidade.

segunda-feira, 11 de março de 2024

Metáfora do moinho

Texto de autoria de Sílvia Maria Derbli Schafranski, advogada e Mestre em Ciências Sociais pela UEPG, residente em Ponta Grossa.

Publicado no Diário dos Campos em 13/03/2024, e no Jornal Página Um em 15/03/2024.

No coração da pequena Colônia Castrolanda, encravada no interior do Paraná, ergue-se majestoso o imponente moinho de vento, um dos símbolos mais marcantes da região.

Elevam-se as grandes pás giratórias e estrutura de madeira robusta. Não apenas um marco histórico, é também um ponto de referência para moradores e visitantes.

Naquela tarde ensolarada, enquanto o movimento turístico se intensificava, algo incomum acontecia. Entre os turistas tirando fotos e os moradores aproveitando o dia de folga, uma figura se esgueirava pelas sombras, tentando passar despercebida.

Era Ariel, um jovem inquieto em busca de um momento de paz e introspecção. Envolto pelo ruído da cidade e as conversas animadas dos visitantes, seus pensamentos pareciam barulhentos demais: – O moinho, erguido como um guardião solene na vastidão da paisagem, é mais do que uma estrutura de madeira que desafia o vento. Ele é um símbolo poderoso, um eco sussurrante da jornada humana através das estações da vida, pensou.

Em meio aos seus pensamentos, ouviu um guia gritar: – Vejam senhores esse moinho, com sua capacidade de transformar o vento em energia, nos ensina a arte da adaptação. Assim como ele ajusta as velas para aproveitar ao máximo cada rajada, nós também aprendemos a ajustar nossas velas da alma, navegando com coragem e sabedoria através das mudanças que a vida nos impõe.

Ariel imediatamente pensou: – À medida que as estações passam e os anos fluem como rios sinuosos, o moinho permanece como um farol silencioso de esperança e renovação. Ele nos lembra que, mesmo em momentos sombrios, há sempre a promessa de uma nova aurora, um novo começo esperando para nascer.

Enquanto o sol se punha lentamente, Ariel finalmente emergiu do moinho, renovado e revitalizado. Ao sair, trouxe consigo um pouco da calma e da serenidade que encontrara naquele lugar tão especial.

Quando contemplou o moinho, viu não apenas uma estrutura de madeira, mas o reflexo da própria jornada. Metaforicamente se imaginou como suas pás, girando, impulsionado pela força dos ventos da mudança. Descobriu que cada revés, cada desafio, é apenas mais uma oportunidade de crescer, de aprender, e sedimentar verdadeiros valores.

Para Ariel, o moinho se tornou um símbolo de resiliência. Entendeu que somos capazes de transformar as tempestades em calmarias, assim como o moinho converte o vento em energia.

E assim seguiu seu caminho, com propósito de voar alto e livre, como as pás de um moinho, em direção aos sonhos mais audaciosos.

Adoração da Cruz

Texto de autoria de Rosicler Antoniácomi Alves Gomes , Professora de Português e Inglês, residente em Ponta Grossa.           Já escrevi c...