segunda-feira, 12 de setembro de 2022

Amigos do Parque

Texto de autoria de Rosicler Antoniácomi Alves Gomes, Professora de Português e Inglês, Ponta Grossa.

Postado no Portal aRede em 15/09/2022.

No sábado, dia 13, na Vila Jamil, aconteceu o 1º Encontro dos Amigos do Parque. Amigos de amigos, que também são amigos do Parque Estadual de Vila Velha. Desnecessário identificar-se, declarando o sobrenome; ser filho, filha, irmão, irmã ou neto desse ou daquele morador é apresentação suficiente. De alguma forma, eram pessoas ligadas pelo convívio naquela vila, ou amigos: Erickson e Jacqueline, da Coruja Store; Ivan e Adriely, da IDS Sports & Presentes; Marina, Maria e Alan, da Anna’s Doces; Vilmar, dos refrigerantes; Wilson Coelho, escritor do livro A História dos Pioneiros (Vila Velha), e Roselene; Lucélia, contadora de histórias, e seus familiares Liriane, Denise, Amelu e Rosa Serena, e o genro Fabrício, que, por infeliz fatalidade, não pôde inaugurar seus pulmões de recém-nascido aspirando os ares do parque; os adolescentes Caíque, Samuel, Kauan e Samira, que conheci jogando o Jogo do Tropeiro, com Silvestre Alves;  Alessandro, da Rádio Nova FM 101.7; os organizadores do evento Adriano, Ana e Kátia; e ainda a cutia, o veado catingueiro, o bugio, a lontra, a anta, a jaguatirica, o tatu pela e outro tatu, que sendo também amigos do parque não podiam faltar, ainda que por obra da taxidermia, e apresentados ao público pela polícia ambiental – os amigos fardados; e simpáticos servidores do parque.

Aproveitando a tarde ensolarada, debaixo do sol mesmo, enquanto outros se abrigavam entre as amigas frondosas (que teriam sido plantadas no local para fazerem sombra, pois antigamente ali ficava a entrada de uma fazenda de pecuária), ouvi do escritor alguns nomes muito bem ornados com sobrenomes: de Manoel Ribas e de Domingos Ferreira Pinto, o Barão de Guaraúna, primeiros proprietários, os pioneiros do parque.

Amigos “mais antigos” e até os que já estão na dimensão etérea do parque foram homenageados, e também a professora da antiga escolinha, que pôde reunir sua turminha de primeiro ano de quase meio século atrás para uma foto. Núcleos familiares compartilhavam as alegrias pequenas dos brindes sorteados, ou as grandes, como a indizível felicidade de olharem-se nos olhos ao cantarem a Oração da Família, de Padre Zezinho, portando os balões brancos da paz e da amizade.

Alheio a esse burburinho animado, passa ao largo um jovem, num passo lento de quem despediu a pressa e abraçou a amiga folga, em busca de uma amplidão favorecida pelos ventos de agosto, bem ao seu gosto, para empinar a pipa que leva consigo, cuja rabiola dançante roçava o chão, ansiosa pelo céu do parque.



3 comentários:

  1. Agradeço imensamente ao Projeto Crônicas dos Campos Gerais pelo prestígio ao meu trabalho, mas principalmente por proporcionar destaque a um evento cultural de caráter comunitário, descentralizando a notícia.

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  2. Emocionante ler o que vi e vivi.

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