Postado no Portal aRede em 15/09/2022.
No
sábado, dia 13, na Vila Jamil, aconteceu o 1º Encontro dos Amigos do Parque.
Amigos de amigos, que também são amigos do Parque Estadual de Vila Velha. Desnecessário
identificar-se, declarando o sobrenome; ser filho, filha, irmão, irmã ou neto desse
ou daquele morador é apresentação suficiente. De alguma forma, eram pessoas
ligadas pelo convívio naquela vila, ou amigos: Erickson e Jacqueline, da Coruja
Store; Ivan e Adriely, da IDS Sports & Presentes; Marina, Maria e Alan, da
Anna’s Doces; Vilmar, dos refrigerantes; Wilson Coelho, escritor do livro A
História dos Pioneiros (Vila Velha), e Roselene; Lucélia, contadora de
histórias, e seus familiares Liriane, Denise, Amelu e Rosa Serena, e o genro
Fabrício, que, por infeliz fatalidade, não pôde inaugurar seus pulmões de
recém-nascido aspirando os ares do parque; os adolescentes Caíque, Samuel,
Kauan e Samira, que conheci jogando o Jogo do Tropeiro, com Silvestre
Alves; Alessandro, da Rádio Nova FM
101.7; os organizadores do evento Adriano, Ana e Kátia; e ainda a cutia, o
veado catingueiro, o bugio, a lontra, a anta, a jaguatirica, o tatu pela e
outro tatu, que sendo também amigos do parque não podiam faltar, ainda que por
obra da taxidermia, e apresentados ao público pela polícia ambiental – os
amigos fardados; e simpáticos servidores do parque.
Aproveitando
a tarde ensolarada, debaixo do sol mesmo, enquanto outros se abrigavam entre as
amigas frondosas (que teriam sido plantadas no local para fazerem sombra, pois
antigamente ali ficava a entrada de uma fazenda de pecuária), ouvi do escritor
alguns nomes muito bem ornados com sobrenomes: de Manoel Ribas e de Domingos
Ferreira Pinto, o Barão de Guaraúna, primeiros proprietários, os pioneiros do
parque.
Amigos
“mais antigos” e até os que já estão na dimensão etérea do parque foram
homenageados, e também a professora da antiga escolinha, que pôde reunir sua
turminha de primeiro ano de quase meio século atrás para uma foto. Núcleos
familiares compartilhavam as alegrias pequenas dos brindes sorteados, ou as
grandes, como a indizível felicidade de olharem-se nos olhos ao cantarem a
Oração da Família, de Padre Zezinho, portando os balões brancos da paz e da
amizade.
Alheio
a esse burburinho animado, passa ao largo um jovem, num passo lento de quem
despediu a pressa e abraçou a amiga folga, em busca de uma amplidão favorecida
pelos ventos de agosto, bem ao seu gosto, para empinar a pipa que leva consigo,
cuja rabiola dançante roçava o chão, ansiosa pelo céu do parque.
Agradeço imensamente ao Projeto Crônicas dos Campos Gerais pelo prestígio ao meu trabalho, mas principalmente por proporcionar destaque a um evento cultural de caráter comunitário, descentralizando a notícia.
ResponderExcluirEmocionante ler o que vi e vivi.
ResponderExcluirEmocionado...
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