Texto de autoria de Dalton Paulo Kossoski, auxiliar de bibliotecário e contador de histórias na Biblioteca Municipal de Ponta Grossa.
Publicada no Correio Carambeiense em 31/07/2021, postada no Portal aRede em 18/08/2021 e no Blog da Mareli Martins em 19/03/2022, lida na Rádio Clube em 18/03/2022.
Você sabia que é possível viajar de Ponta Grossa até a
Holanda em menos de 30 minutos? É só ir à Carambeí, ao Parque Histórico daquela
cidade, um museu a céu aberto que reproduz uma vila holandesa e o modo de vida
dos imigrantes daquele país europeu, que escolheram os Campos Gerais para se
instalarem, mais de um século atrás.
A família Kossoski chegou à “Holanda” dos imigrantes. Uma
paisagem de sonho e a sensação que fica é a de viagem no tempo! Charmosas casas
de madeira espalhadas pelo campo verde, com seus lambrequins, a igreja e, aqui
e ali, lagos correndo embaixo de pontes. O que aumentava o sentimento de que se
estava na Holanda era a baixa temperatura. O passeio agradável nem deixava a
gente sentir o frio, porque estávamos caminhando pelo Parque Histórico. Se
ficássemos parados, congelaríamos. Entramos numa casa, para ver um ferro de
passar “à brasa”, e outros utensílios que as pessoas usavam antigamente. Noutra
casa, espiamos pela janela o interior mobiliado como nos tempos de outrora. A
igreja, vazia de fiéis, mas um toca-disco no qual se ouvia um som de culto
religioso, ao entrarmos. A estação ferroviária dispunha de um gravador que
tocava um barulho de trem. Ao lado da fonte desse som, estava um manequim
uniformizado, como se fosse um agente da estação.
O cenário ao ar livre era composto por várias estátuas de
animais e pessoas, representando camponeses fazendo seu trabalho diário,
colhendo produtos agrícolas. Depois de um tempo entre as memórias de outros
períodos (passamos também por um galpão que exibia a evolução dos modelos de
tratores, com o decorrer dos anos), entramos no carro e seguimos viagem.
Chegamos ao lugar das famosas tortas holandesas para
provar das delícias. Um pedaço de torta e um copo de café (quer dizer: da
família, eu fui o único a pedir dois pedaços de torta e dois copos de café, de
tão gostosos que estavam. Doce, mas de precinho bem salgado...). Sentamos à
mesa para saborear o lanche num ambiente aconchegante e bonito. Nas janelas,
junto às cortinas, bandôs: trabalhos em crochê, decoração típica do povo
holandês, o que me fez lembrar uma tia que, quando morava em Carambeí (e também
algum tempo em Castrolanda), tinha essas peças decorativas pela casa, para
manter a tradição daquela terra de imigrantes.
Foi muito legal aquela viagem no tempo!
Exatamente, Dalton. Temos ali, bem pertinho, um pedacinho da Holanda. Carambeí lembra a Holanda: o grande moinho de vento, que o diga... Ah, as comidas típicas também, huummm! As deliciosas tortas doces são de encher os olhos, e kkk pesam no bolso depois... Carambeí é uma rota considerável para inesquecíveis passeios... Parabéns pela crônica!
ResponderExcluirAdoro as tortas, o empadão!
ResponderExcluirExcelente crônica!
Muito obrigado! Empadão? Eu nao comi o empadão. Pensei que só tinham variedades de tortas. E quando eu era criança que a tia Luciana morava lá, a minha família gostava muito de visitá-la. Agora ela mora no Guaragi.
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