segunda-feira, 17 de julho de 2023

Mundo das Meninas

Texto de autoria de Rosicler Antoniácomi Alves Gomes, Professora de Português e Inglês, residente em Ponta Grossa.

Publicado no Diário dos Campos em 19/07/2023.

Escrevo hoje, dia 10 de julho de 2023, sobre a semana que passou. Nessa semana, eu tive certeza: o mundo pertence às meninas.

Naquela semana, eu assisti a um magistral concerto, no Teatro Ópera, do Coral das Meninas Cantoras, do Conservatório Maestro Paulino, regido por Eudes Jr. Stockler. O mundo pertence às meninas porque aquelas vozes angelicais, afinadíssimas, e somente elas, conseguiriam alçar ao topo do empoderamento o repertório regional de Silvestre Alves, e engrandecer as raízes princesinas, sua fauna e flora, seu folclore, sua importância sócio-econômica no Estado do Paraná e no Brasil. Elas, somente, fizeram permanecer suspensos os aplausos do farfalhar das folhas ao vento, “sustenidos” nos compassos de um trote de mula, do cantar dos pássaros, nas claves de portais das lendas.

Naquela semana, que considerei fechada com um domingo primoroso, também no palco do Teatro Ópera (embora o domingo seja o dia que inicia semana, ele é o principal dia do “final de semana”), eu assisti à Mostra de Dança Pró-Arte, na qual brilharam... quem? As meninas! Meninas de todas as idades, desde as professoras, estagiárias, bailarinas do nível avançado, intermediário, preparatório e as iniciantes. E também as quase bebês ainda. Sim, ELES também puderam participar: um bailarino promissor, alguns parceiros da dança de salão, técnicos de som e iluminação. Sem fazer contas exatas (que não são minha especialidade), posso dizer que noventa e oito por cento do espetáculo se deve a elas: as meninas. Sem falar nos camarins, plenamente farto DELAS, como auxiliares responsáveis, eficientes e empáticas. Mas vamos falar da arte: a graça, a força, a destreza, a técnica do balé, do jazz, da dança de salão, invadiram o palco, numa alegria contagiante, que inundou a plateia. Das pontas, eixos, linhas do balé clássico aos movimentos alongados e ondulados do jazz; da técnica perseguida exaustivamente nos treinos intensos das bailarinas mais experientes à espontaneidade infantil do aprendizado lúdico e gracioso das pequenas bailarinas iniciantes: um resultado elegante e ao mesmo tempo festivo da felicidade de apresentar seus talentos aos amigos e familiares.

As meninas não estão apenas nas artes, mostrando sua força na composição de um mundo mais afável para ser legado ao futuro. Elas, ponta-grossenses da mais nova geração, estão inseridas em movimentos sociais, políticos, brilham na ciência, no esporte, e também encaram atividades menos brilhantes, porque o mundo melhor pertence às meninas.

3 comentários:

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