Texto de autoria de Antonio Marques de Castro, Agente Administrativo da Prefeitura de Telêmaco Borba.
Publicada no Diário dos Campos em 30/04/2020, postado no Portal aRede em 29/07/2020.
Levantei cedinho, peguei as
malas, que depois de dois dias ficaram prontas, e dei partida. Parti com minha
tropa de 150 cavalos. Lembrei de meu falecido avô materno – que fora tropeiro. Não
sem antes tomar aquele maravilhoso café expresso do “Jerusalém” (Jesus amém)!
Onde abasteço “minha tropa” – esse é o ato primeiro.
Logo na saída da minha cidade,
na localidade Triângulo (que não é o mineiro), uma placa anunciando a famosa
rota. Saio de Monte Alegre e parto em direção às terras do Tibagi; estrada
sinuosa em que não dá pra andar muito ligeiro. Devagar também se vai ao longe –
muita calma, companheiro.
Numa das melhores
cidadezinhas do interior do Brasil, para almoçar, recomendo “O Tropeiro”. Se
for sábado à tarde, não dá para perder o café colonial do Cristal – ambiente
hospitaleiro.
Pego a saída para o
Guartelá, “aguar-te-lá” onde se encontra o canyon do Rio Iapó – um dos mais
belos sítios arqueológicos brasileiro. Aberto a visitação de janeiro a janeiro.
Continuo firme na minha
direção, passando pela “Aparição” – lembro dos causos antigos de visagem. Sigo
firme rumo à cidade mãe do Paraná – levo Castro no nome o tempo inteiro.
Aproveito para visitar o museu, que conta um pouquinho da história desses
“velhos guerreiros”.
Lembro então, que o maior
museu a céu aberto do Brasil fica em Carambeí. “Caramba” é logo ali, façamos um
“paradeiro”. Sem esquecer que aquela torta holandesa é uma beleza. Quando
enxergo o “Moinho”, logo à beira do caminho, me rendo ao descaminho e me curvo
ao mestre confeiteiro.
Viajar pelos campos gerais é bom demais.
Desse ponto em diante já se avista a “Princesa dos Campos”, onde
irei repousar no “capão de Ponta Grossa” – meu novo paradeiro.
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