segunda-feira, 23 de março de 2020

Viajando pelos Campos Gerais – minha rota


Texto de autoria de Antonio Marques de Castro, Agente Administrativo da Prefeitura de Telêmaco Borba.

Publicada no Diário dos Campos em 30/04/2020, postado no Portal aRede em 29/07/2020.

Levantei cedinho, peguei as malas, que depois de dois dias ficaram prontas, e dei partida. Parti com minha tropa de 150 cavalos. Lembrei de meu falecido avô materno – que fora tropeiro. Não sem antes tomar aquele maravilhoso café expresso do “Jerusalém” (Jesus amém)! Onde abasteço “minha tropa” – esse é o ato primeiro.
Logo na saída da minha cidade, na localidade Triângulo (que não é o mineiro), uma placa anunciando a famosa rota. Saio de Monte Alegre e parto em direção às terras do Tibagi; estrada sinuosa em que não dá pra andar muito ligeiro. Devagar também se vai ao longe – muita calma, companheiro.
Numa das melhores cidadezinhas do interior do Brasil, para almoçar, recomendo “O Tropeiro”. Se for sábado à tarde, não dá para perder o café colonial do Cristal – ambiente hospitaleiro.
Pego a saída para o Guartelá, “aguar-te-lá” onde se encontra o canyon do Rio Iapó – um dos mais belos sítios arqueológicos brasileiro. Aberto a visitação de janeiro a janeiro.
Continuo firme na minha direção, passando pela “Aparição” – lembro dos causos antigos de visagem. Sigo firme rumo à cidade mãe do Paraná – levo Castro no nome o tempo inteiro. Aproveito para visitar o museu, que conta um pouquinho da história desses “velhos guerreiros”.
Lembro então, que o maior museu a céu aberto do Brasil fica em Carambeí. “Caramba” é logo ali, façamos um “paradeiro”. Sem esquecer que aquela torta holandesa é uma beleza. Quando enxergo o “Moinho”, logo à beira do caminho, me rendo ao descaminho e me curvo ao mestre confeiteiro.
Viajar pelos campos gerais é bom demais. Desse ponto em diante já se avista a “Princesa dos Campos”, onde irei repousar no “capão de Ponta Grossa” – meu novo paradeiro.

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