segunda-feira, 2 de maio de 2022

O caso dos livros desaparecidos

Texto de autoria de Rosicler Antoniácomi Alves Gomes, professora de português e inglês, Ponta Grossa.

Postada no Portal aRede em 03/05/2022.

Maravilha de evento: 4ª Leitura na Praça, em São Mateus do Sul, no domingo, dia 24. Escritores ponta-grossenses foram convidados para a Tenda dos Escritores e para abrilhantarem o evento com apresentações artísticas. As vendas dos livros superaram as expectativas (afinal, vender livros nunca é o feito mais conquistado por escritores nesses tempos sombrios). Silvestre Alves foi o escritor que voltou para Ponta Grossa sem nenhum dos exemplares de Arthur na Província dos Tropeiros que havia levado para vender. Vendeu tudo? Quem dera! Sumiram! E ele ficou muito bravo? Capaz! Voltou se vangloriando: “Roubaram meus livros! Quem mais teve seus livros roubados? Hein? Só eu! Vendi três, e o restante, roubaram!”

Na tenda, uma “joaninha”, Dione Navarro, autografava seu A Galinha que queria ser perfumista; Marivete Souta, a sua coleção Chiquinho; Jacqueline de Matos rodeada de leitores interessados em seus História de Passarinho e Venha conhecer o Paraná; Marlei Vanin, e o seu Marla e a Lua. Eu, já sem os dois exemplares que havia levado de Mistérios da Terra sem Mal, ainda com alguns Causos e lendas do Paraná, cujo coautor, Silvestre Alves, mal ficou na tenda pois estava em duas apresentações artísticas: da Caravana da Cultura, com Dione e Marivete (Chiquinho); e do grupo NaVozdoVento, com Morgana Sauka, Guilherme Puchta e eu, em Na voz do Vento sob a luz da Lua, leitura poética de obra inédita minha. Abrilhantou também o evento nossa querida contadora de histórias Lucélia Clarindo, encantando a plateia de crianças e adultos. Livros roubados? Só do Silvestre.

Dois dias depois, se esclarece o mistério do “roubo” dos livros, num áudio pelo whatsapp da querida Mari Dalva, professora e leitora contumaz que, acompanhada de sua linda filha, nos encantaram num gratificante contato de escritores com as leitoras, que se despediram com uma braçada de livros.

Ela roubou os livros?! Levou-os para casa, sim, mas por mera distração. Para receber os abraços, ela havia colocado a pilha de livros comprados sobre a mesa em que estavam os livros dos escritores, e ao retomar a pilha, não percebeu que estava ainda mais pesada.

Numa feliz interferência, o destino fez os livros ponta-grossenses cruzarem o Iguaçu, fronteira da acolhedora São Mateus do Sul com Antônio Olinto, seguindo os caminhos das tropas, e encerrando o “caso” com uma proposta do autor para desenvolverem um projeto de leitura na escola da professora.

 

5 comentários:

  1. Muito interessante o relato de uma viagem dessa trupe de artistas, escritores e contadores de histórias. O "roubo" dos livros acabou sendo o estopim de um novo projeto literário do Silvestre. Parabéns, Rosicler!

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  2. Viu que legal, Sueli? E por acaso o Silvestre perderia essa "deixa" para "tropear" com seu cargueiro de histórias e músicas?

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  3. Meu Deus querida Rosi. Que final feliz! Fiquei encucada achando que foi eu quem não cuidou dos livros pq foi na exata hora que eu estava autografando o meu. Que caminhos o universo usa para realizar os seus propósitos. Adoreiiiiii

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  4. Tenho me achado nesses caminhos ultimamente. Quase não saio de casa. Quando saio deparo com essas ligações abençoadas.

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  5. Esse evento parace ter sido um máximo! Parabéns a todos os autores e artistas!

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