Texto de autoria de Mário
Francisco Oberst Pavelec, técnico em agropecuária, natural de Palmeira,
residente em Ponta Grossa.
Sempre
ficamos mais nostálgicos nesta época com as festas que, teoricamente, são para
celebrar o nascimento de Jesus. Mas, parece inevitável a compra de presentes,
principalmente para as crianças.
Nos
antigos natais de minha existência, vínhamos de Palmeira para passarmos esses
momentos na casa de minha tia Haydêe, minha madrinha e irmã de meu pai. Na rua Brasil
Pinheiro, quase na Balduíno, uma casa enorme, toda em madeira, com um enorme
terreno que abrigava muito bem a enorme família Pavelec. Vinham tios e primos
de todos os cantos, Curitiba, Rebouças, fora os que moravam nas imediações e
não precisavam dormir fora de casa.
Biscoitos
de mel, pão caseiro frito na chapa do fogão a lenha, comida farta o dia todo,
primos correndo e brincando por todos os lados, crianças dormindo no fantasmagórico
sótão, muito churrasco, e na noite da véspera de Natal, um culto e o Papai Noel
com muitos presentes para as crianças e varas de marmelo para as mamães. Ele
batia fortemente na porta da frente da casa, fazendo os pequenos tremerem de
excitação. Não sei bem o motivo, mas sempre um de nossos tios sumia nessa hora.
(Contém ironia).
Todo
ano ganhávamos meias, gaitas de boca, carrinhos e bonecas de plástico, alguns
outros mimos dos tios e tias. Mas o presente sempre mais aguardado era aquele
que tínhamos escolhido para que nos fosse dado.
Na
rua Dr. Paula Xavier, esquina com a Dr. Colares, existia o paraíso dos pequeninos:
Brinquedolândia. Era uma imensa loja especializada nos desejos infantis. Lá
podíamos encontrar de tudo, qualquer tipo de brinquedo disponível na época.
Algumas vezes éramos levados ao recinto só para olhar, diziam nossos pais.
Rondávamos aqueles corredores com uma atenção redobrada para podermos encontrar
aquele presente que faria nossa alegria no Natal. Sinalizávamos com vigor os
nossos desejos e depois éramos retirados da loja e, não sei como, os brinquedos
apareciam magicamente nas mãos do Papai Noel na véspera do Natal. (Ironia
também).
Essa
loja, cujo prédio ainda está com a mesma fachada e uma pintura muito semelhante,
segundo minha memória, eu também a chamava de Natalândia, pois era praticamente
uma vez ao ano que nos era dado o prazer de lá adentrar, justamente nas
vésperas do Natal.
Depois cresci um pouco mais, descobri as descobertas do Natal, mas ainda descia do alto da Balduíno até lá, de bicicleta, adolescente, para comprar meus amados Matchbox, que ainda os coleciono. Mas sempre circulava os corredores com muita atenção.
Parabéns pela classificação, Pavelec! Que saudade da Brinquedolândia e da Rua Pinheiro Machado onde eu brinquei muito com meus primos! Meu avô Pedro Buss era dono de várias casas de aluguel nessa rua que ainda não tinha saida para a Balduíno. Talvez sua tia tenha sido inquilina dele.
ResponderExcluirGrato, Sueli. Começamos o ano com pé direito.
ResponderExcluirEsse é meu irmão, e isso faz parte da minha vida. Obrigada
ResponderExcluirGrato pelo carinho, amada.
ExcluirEsse menino é de ouro
ResponderExcluirGrato.
ResponderExcluirBoas lembranças de natais passados 👏👏
ResponderExcluirVerdade.
ExcluirVerdade.
ExcluirHehe. O Papai Noel sempre me perguntava a tabuada. 😞🤪
ResponderExcluirBem melhor que as varinhas de marmelo!!!
ExcluirParabéns pelo texto e pelas gratificantes memórias refrescadas nas mentes dos ponta-grossenses. Eu não tenho tantas memórias infantis de Papai Noel. Dos Natais infantis eu lembro mais do desejo que eu tinha, e consegui realizar, de me vestir de anjinho e ficar ao redor do altar na Missa do Galo. Minha família não tinha o hábito de fazer Natal com Papai Noel.
ResponderExcluirHoje, em nossa casa, também perdemos o hábito. Faz parte. Grato!!!
ResponderExcluirEu me lembro de passar um Natal , na casa da tua tia Hayde, e fiquei com medo da batida forte do Papai Noel na porta.
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