Texto de autoria de Alessandro de Melo, professor universitário, natural de São Paulo/SP, residente em Ponta Grossa.
Postado no Portal Correio dos Campos em 27/12/2022, no Portal aRede em 28/12/202, e publicado no Diário dos Campos em 17/03/2023.
O nobre e raro leitor desta crônica há
de concordar comigo. E peço paciência, porque, claro, vou puxar a sardinha para
o meu lado. Basta andar pelas ruas do centro de nossa querida Princesa para ver
como aumentou o número de ...óticas... Sim, é sobre isso que este modesto
cronista quer falar, pois é um assíduo usuário de óculos desde os 11 anos, e
isso faz muito tempo. Então, claro, eu vejo óticas por todos os lados, por onde
ando nesta nossa cidade.
Já perceberam quantas existem na
Vicente Machado entre a Panificadora Vila Velha e o Parque Ambiental? E nos
seus arredores? Não leitor, não contei, não me peçam isso. Mas é evidente que
se trata de uma verdadeira “pandemia” de óticas. E olhe que tem de tudo. Há
aquelas muito modernas e tecnológicas, algumas antigas e quase artesanais. Tem
aquelas que terceirizam serviços e outras que têm seus próprios técnicos.
Mas não é só na Vicente Machado que
elas pululam. Já observaram a região próximo à nobre e histórica Santa Casa?
E quem foi no Shopping Palladium não
pode passar ileso por elas, quase uma dezena em tão pouco espaço. Inclusive ali
comprei meu primeiro par de óculos multifocal, e meu rosto foi medido por um
robô. Sim, tem até isso. Já usaram comigo régua e outros instrumentos manuais,
mas desta vez fiz uma imersão na tecnologia. O robô até dizia onde eu deveria
ficar postado, atrás da linha feita no chão com luzes de led. E estou eu aqui
com minha nova companhia, tentando me acostumar com esta lente que varia se
quero enxergar de perto ou de longe. Sorte a minha que já tenho décadas de
experiência.
Há também os laboratórios, que
trabalham para as óticas, e estas inclusive as vi fora do centro. No Nova
Rússia existe uma. E por falar no meu bairro, a Avenida Dom Pedro também tem
muita ótica, e já até fiz uso de uma para consertar um dos meus óculos, e foi
impressionante: o atendimento cordial e o serviço gratuito. Aliás, parece haver
um acordo: quem quer consertar óculos pode vir que é de graça. Nem tudo no
mundo é dinheiro.
Não sei exatamente o que significa,
mas acho que podemos chamar Ponta Grossa da capital mundial ou intergaláctica
das óticas. Cuidado caro e raro leitor desta crônica, perigoso tropeçar na rua
e cair em uma ótica. O bom, neste caso, é que ao sair da loja, poderá não
tropeçar novamente por estar com óculos novos.
Já comecei a rir no título. Observei esse fenômeno e o crescimento do número de óticas em todas as regiões citadas. Valeu, pro Alessandro, att. Murilo
ResponderExcluirNão é necessário usar óculos para notar a proliferação de óticas em PG. É bifocal, visível de longe e de perto. Se houver uma competição de quantidade entre óticas e farmácias dará empate. Já virou piada.
ResponderExcluirMuito bom. Parabéns!
ResponderExcluirJefferson. Foi sua crônica que me inspirou
ResponderExcluirAs óticas de PG sob a ótica de um sociólogo poeta 🥰👏👏👏👏
ResponderExcluirValeu querido Juliano!
ExcluirÓtima crônica! Divertido, gostei do paralelismo "nobre e raro leitor..." no começo do texto e "caro e raro leitor..." no fim. Você escreve muito bem, parabéns. É bom encontrar um texto que dialoga com quem o lê. Os jogos de palavras permeando-o são excelentes!
ResponderExcluirEu, Dalton Paulo Kossoski, escrevi o comentário acima.
ExcluirObrigado Dalton! ótimo receber um feedback assim
ExcluirO comentário acima fui eu que fiz, Dalton Paulo Kossoski. Não sei porquê não consegui me identificar nele próprio.
ResponderExcluirQuase não tenho andado nas ruas ultimamente. Cada vez mais tropeço em meus próprios chinelos em casa mesmo. Cair em uma ótica deve ser menos perigoso do que cair em buracos nas calçadas, os quais não acuso, por não vê-los, e não os vejo por quase não andar por elas. Pela minha ótica, parece bom substituir buracos por óticas.
ResponderExcluirÊpa, tropecei também no anonimato. Eu, Rosicler Antoniácomi fiz o último comentário.
ResponderExcluirCuidado ao tropeçar, em qualquer lugar e por qualquer razão! Obrigado pelo comentário.
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